Cultivares de pêssego de clima temperado – Campo das Vertentes – MG
PDF

Palavras-chave

Município de Barbacena, Compostos bioativos, coloração, cultivares, análises físico-químicas.

Como Citar

Arruda, K. A. da, Machado, G. G., Bastos, R. A., & Gonçalves, G. A. (2023). Cultivares de pêssego de clima temperado – Campo das Vertentes – MG. ForScience, 10(2), e01153. https://doi.org/10.29069/forscience.2022v10n2.e1153

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar seis cultivares de pessegueiro produzidas nos Campo das Vertentes, quanto aos compostos físicos, físico-químicos e bioativos. Foram avaliadas as cultivares Aurora, Top Bilt, Fascínio, “PS", Campari e Maciel. As análises realizadas foram: cor, pH, acidez titulável, sólidos solúveis (SS), firmeza, carotenoides, compostos fenólicos totais, antocianinas e vitamina C. Os resultados indicaram que houve diferença significativa entre todas as cultivares de pêssego em todos os parâmetros avaliados. Quanto à coloração, as cultivares mais claras foram Maciel e PS. Todas as amostras apresentaram valores de a* e b* indicando uma cor amarela avermelhada. O pH oscilou entre 3,68 e 4,72, enquanto a acidez titulável ficou entre 0,38% e 2,26%, sendo a cultivar Campari a mais ácida e Aurora a menos ácida. O SS das cultivares ficou entre 5,33% (PS) e 12,66% (Aurora). A cultivar mais firme foi a Top Bilt. O teor de Compostos Fenólicos não diferiu entre as cultivares, com média de 2,79 mg/100 g. Quanto às antocianinas, Aurora e Fascínio obtiveram os maiores teores (média de 12,82 mg/100 g). A cultivar Maciel apresentou o maior teor de vitamina C (29,35 mg/100 g). Concluiu-se que a cultivar Top Bilt apresentou coloração mais amarelada e firme, Fascínio obteve maior pH, Campari maior acidez, Aurora maior teor de SS. Quanto aos compostos bioativos, a cultivar Maciel se destaca por possuir maior teor de carotenoides e vitamina C.

Palavras-chave: Prunus persica L. Batsh. Compostos bioativos, coloração, cultivares, análises físico-químicas.

 

Temperate climate peach cultivars - Campo of Vertentes - MG

Abstract

The objective of this research was to evaluate six peach cultivars produced in Campo das Vertentes in terms of physical, physical-chemical and bioactive compounds. The cultivars Aurora, Top Bilt, Fascínio, PS, Campari and Maciel were evaluated. The analyzes performed were color, pH, titratable acidity, soluble solids (SS), firmness, carotenoids, total phenolic compounds, anthocyanins and vitamin C. The results indicated that there was a significant difference among all peach cultivars in all evaluated parameters. Regarding the coloration, the lightest cultivars were Maciel and PS. All samples had a* and b* values ​​indicating a reddish yellow color. The pH fluctuated between 3.68 and 4.72, whereas the titratable acidity was between 0.38% and 2.26%, with the Campari cultivar being the most acidic and Aurora the least acidic. The SS of the cultivars was between 5.33% (PS) and 12.66% (Aurora). The firmest cultivar was Top Bilt. The content of Phenolic Compounds did not differ among cultivars, with an average of 2.79 mg/100 g. As for anthocyanins, Aurora and Fascínio obtained highest levels (average of 12.82 mg/100 g). The Maciel cultivar had the highest vitamin C content (29.35 mg/100 g). It was concluded that the Top Bilt cultivar had a more yellowish and firmer color, Fascínio obtained a higher pH, Campari had higher acidity, Aurora had a higher SS content. As for bioactive compounds, the Maciel cultivar is stands out for having a higher content of carotenoids and vitamin C.

Keywords: Prunus persica L. Batsh. Bioactive compounds, coloration, cultivars, physicochemical analysis.

https://doi.org/10.29069/forscience.2022v10n2.e1153
PDF

Referências

ANGELO, P. M; JORGE, N. Compostos fenólicos em alimentos - uma breve revisão. Revista do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, v.66, n.1, p. 1-9, 2007. DOI: https://doi.org/10.53393/rial.2007.v66.32841. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32841. Acesso em: 2 abr. 2022.

ASSUMPÇÃO, C. F. et al. Pêssego minimamente processado submetidos a tratamento com quitosana. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande,v.17, n.3, p.293-299, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.15871/1517-8595/rbpa.v17n3p293-299. Disponível em:

http://www.bibliotekevirtual.org/revistas/RBPA/v17n03/v17n03a10.pdf. Acesso em: 2 abr. 2022.

AZEVEDO, J. L. F de et al. Qualidade pós-colheita de quatro cultivares de pessegueiro em três safras. Cultura Agronômica, Ilha Solterira, v.25, n.3, p.329-338, 2016. DOI: https://doi.org/10.32929/2446-8355.2016v25n3p329-338. Disponível em:

https://ojs.unesp.br/index.php/rculturaagronomica/article/view/2325. Acesso em: 2 abr. 2022.

BARRETO, C. F. et al. Conservação e qualidade de pêssegos, “BRS KAMPAI” na pós-colheita. Revista Técnico-Científica, Bagé, v.21, n.1, p. 131-141, 2019. DOI: https://doi.org/10.30945/rcr-v21i1.320. Disponível em:

http://revista.urcamp.edu.br/index.php/RCR/article/view/320. Acesso em: 2 abr. 2022.

BRAND-WILLIAMS, W.; CUVELIER, M. E.; BERSET, C. Use of a free radical method to evaluate antioxidant activity. Food Science and Technology, Campinas, v.28, n.1, p. 25-30, jun. 1995. Doi: https://doi.org/10.1016/S0023-6438(95)80008-5. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0023643895800085. Acesso em: 2 abr. 2022.

CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós colheita de frutos e hortaliças. 2 ed. Lavras: 2005. v. 785).

CREMASCO, J. P. G. et al. Qualidade pós-colheita de oito variedades de pêssego. Comunicata Scientiae, Bom Jesus, v.7, n.3, p. 334-342, Ago. /Out. 2016. DOI:10.14295/CS. V7I3.1404. Disponível em: https://www.semanticscholar.org/paper/Qualidade-p%C3%B3s-colheita-de-oito-variedades-de-Cremasco-Matias/18b912197b0f413fb8ceecc2c16cee7a3346f6c2. Acesso em: 2 abr. 2022.

CRISOSTO, C. H.; CRISOSTO, G. M. Relationship between ripe soluble solids concentration (RSSC) and consumer acceptance of high and low acid melting flesh peach and nectarine (Prunus persica (L.) Batsch) cultivars. Postharvest Biology and Technology, New York, v.38, n.3, p. 239 ‑246, 2005. DOI: https://doi.org/10.1016/j.postharvbio.2005.07.007. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0925521405001572. Acesso em: 2 abr. 2022.

CURI, P. N. de et al. Cultivares de pêssego de pools tropicais: caracterização e potencial de processamento. Ciência Rural, Santa Maria, v.47, n.12, p.1-7, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0103-8478cr20170293. Disponível em: https://1library.org/document/yeev8m0y-cultivares-de-pessego-regioes-tropicais-caracterizacao-potencial-processamento.html. Acesso em: 2 abr. 2022.

GIUSTI, M. M.; WROLSTAD, R. E. Characterization and measurement with uv-visible spectroscopy. Current protocols in food analytical chemistry, v.00, n.1, p.F1.2.1-F1.2.13, 2001. DOI: https://doi.org/10.1002/0471142913.faf0102s00. Disponível em: https://currentprotocols.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/0471142913.faf0102s00. Acesso em: 2 abr. 2022.

FERREIRA, D. F. SISVAR: A computer analysis system to fixed effects split plot type designs. Revista Brasileira de Biometria, Lavras, v.37, n.4, p.529-535, 2019. DOI: https://doi.org/10.28951/rbb.v37i4.450. Disponível em: https://biometria.ufla.br/index.php/BBJ/article/view/450. Acesso em: 2 abr. 2022.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ - IAL Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4 ed. São Paulo, 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produção Agrícola Municipal. Brasília: Autor. (2018) Recuperado de: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/9117-producao-agricola-municipal-culturas-temporarias-e-permanentes.html?edicao=25369&t=resultados. Acesso em: 2 abr. 2022.

KELLEY, K. et al. Consumer peach preferences and purchasing behavior: A mixed methods study. Journal of the Science of Food and Agriculture, Chichester, v.96, n.7, p. 2451 ‑2461, Sep. 2015. DOI:

https://doi.org/10.1002/jsfa.7365. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jsfa.7365. Acesso em: 2 abr. 2022.

MACHADO, M. I. R.; MACHADO, A. R.; ZAMBIAZI, R. C. Peach: Physico-chemical characteristics and bioactive compounds content. Research, Society and Development, Vargem Grande Paulista, v.9, n.7, p. 1-23, Mai. 2020. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3103. Disponível em:

https://ciencia.ucp.pt/en/publications/peach-physico-chemical-characteristics-and-bioactive-compounds-co. Acesso em: 2 abr. 2022.

MATIAS, R. G. P. et al. Características de frutos de pessegueiros cultivados na Zona da Mata de Minas Gerais. Ciência Rural, Santa Maria, v.44, n. 6, p. 971-974, Jun. 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-84782014000600003. Disponível em:

https://www.scielo.br/j/cr/a/PFrwWsS7TwfLX34fmnvBXHd/?format=html. Acesso em: 2 abr. 2022.

MORAIS, K. D. B. de et al. Avaliação física e química de frutos de cultivares de pessegueiro. Revista Engenharia na Agricultura, Viçosa, v.25, n.2, p. 157-163, Mai. 2017. DOI: https://doi.org/10.13083/reveng.v25i2.712. Disponível em:

https://periodicos.ufv.br/reveng/article/view/641. Acesso em: 2 abr. 2022.

OLMSTEAD, M. A.; GILBERT, G. L.; COLQUHOUN, T. A. In pursuit of the perfect peach: consumer ‑assisted selection of peach fruit traits. Hort Science, v.50, n.8, p. 1202‑1212, Aug. 2015. DOI: https://doi.org/10.21273/HORTSCI.50.8.1202. Disponível em: https://journals.ashs.org/hortsci/view/journals/hortsci/50/8/article-p1202.xml. Acesso em: 2 abr. 2022.

PATHARE, P. B.; OPARA, U.L.; AL-SAID, F. A. Colour measurement and analysis in fresh and processed foods: a review. Food Bioprocess Technol, v.6, p. 36–60, May. 2013. DOI: https://doi.org/10.1007/s11947-012-0867-9. Disponível em:

https://link.springer.com/article/10.1007/s11947-012-0867-9. Acesso em: 2 abr. 2022.

PONS, M.; FISZMAN, S. M. Instrumental texture profile analysis with particular reference to gelled systems. Journal of Texture Studies, v.27, n.6, p. 597-624, Dez. 1996. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1745-4603.1996.tb00996.x. Disponível em:

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1745-4603.1996.tb00996.x. Acesso em: 4 abr. 2022.

RUFINO, M. DO S. M. et al. Metodologia científica: determinação da atividade antioxidante total em frutas pela captura do radical livre DPPH. (Comunicado Técnico 127/2007). Embrapa, Fortaleza, CE, Brasil. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA. 2007. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/426953/metodologia-cientifica-determinacao-da-atividade-antioxidante-total-em-frutas-pela-captura-do-radical-livre-dpph. Acesso em: 27 ago. 2021.

RODRIGUEZ-AMAYA, D. B. A guide to carotenoids analysis in foods. Washington. 1999. Disponível em: http://beauty-review.nl/wp-content/uploads/2014/11/A-guide-to-carotenoid-analysis-in-foods.pdf. Acesso em: 27 ago. 2021

SEGANTINI, D. M. et al. Characterization of peach fleshes produced in São Manuel, Stateof São Paulo. Ciência Rural, Santa Maria, v.42, n.1, p. 52-57, Jan. 2012. DOI: 10.1590/S0103-84782012000100000009. Disponível em:

https://www.cabdirect.org/cabdirect/abstract/20123084949. Acesso em: 2 abr. 2022.

SANTOS, I. C. et al. Frutas e hortícolas: Análise comparativa dos seus teores em compostos fenólicos e flavonoides totais. Boletim Epidemiológico Observações, v.6, n.13, p.60- 63, 2017. Disponível em: https://1library.org/article/frutas-hort%C3%ADcolas-an%C3%A1lise-comparativa-teores-compostos-fen%C3%B3licos-flavon%C3%B3ides.q73kmpvy. Acesso em: 2 abr. 2022.

SILVA, D. F. P. et al. Degradação de antioxidantes e sólidos solúveis em polpa de pêssego. Magistra, n.26, p.1136-1140, Fev. 2014. Disponível em: https://docgo.net/degradacao-de-antioxidantes-e-solidos-soluveis-em-polpa-de-pessego. Acesso em: 2 abr. 2022.

SILVA, D. F. P. da et al. Characterization of white-fleshed peach cultivars grown in the ‘Zona da Mata’ area of Minas Gerais State, Brazil. Comunicata Scientiae, Bom Jesus, v. 7, n.1, p. 149-153, Jan./Mar. 2016. DOI: https://doi.org/10.14295/cs.v7i1.781. Disponível em: https://www.comunicatascientiae.com.br/comunicata/article/view/781. Acesso em: 2 abr. 2022.

SOUZA, F. B. M. de et al. Fruit production and quality of selections and cultivars of peach trees in Serra da Mantiqueira, Brazil. Bragantia, Campinas, v.72, n.2, p. 133-139, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0006-87052013005000024. Disponível em: https://www.scielo.br/j/brag/a/ZmGzvnJcdnhnwwkv96HW4Mp/?format=html. Acesso em: 2 abr. 2022.

TAVARES, J. T. de Q et al. Determinação volumétrica de ácido ascórbico pelos métodos de tilmans e balemtine. Magistra, Cruz das Almas, n. 7, p.1-8, Jan./Dez. 1999.

TEIXEIRA, N. L.; STRINGHETA, P. C.; OLIVEIRA, F. A. de. Comparação de métodos para quantificação de antocianinas. Revista Ceres. v.55, n.4, p. 297-304, Jul./Ago. 2008. Disponível em: https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/20655/1/artigo.pdf. Acesso em: 2 abr. 2022.

TREVISAN, R. et al. Perfil e preferências do consumidor de pêssego (Prunus persica) em diferentes regiões produtoras no Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.32, n.1, p. 90-100, Mar. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-29452010005000011. Disponível em:

https://www.scielo.br/j/rbf/a/jnHY8fz36SLzcQH8XFsq9rB/. Acesso em: 2 abr. 2022.

VIDAL, P. C. L.; FREITAS, G. Estudo da antioxidação celular através do uso da vitamina C. Uningá Review, Ingá, v.21, n.1, p. 60-64, Jan./Mar. 2015. Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20150101_115306.pdf. Acesso em: 2 abr. 2022.

WAGNER JÚNIOR , A. et al. Divergência genética em pessegueiros quanto à reação à podridão-parda em frutos. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.33, n.1, p. 552-557, Out. 2011. Doi.org/10.1590/S0100-29452011000500075. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbf/a/QZXhqvND45Smxv9mvXDgDnR/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 02 abr. 2022.

WATERHOUSE, A. L. Polyphenolics: determination of total phenolics. In: Wrolstad RE, editor. Current protocols in food analytical chemistry. New York: John Wiley and Sons, p.1111-1118, 2002. Doi: https://doi.org/10.1002/0471142913.fai0101s06. Diposnível em: https://currentprotocols.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/0471142913.fai0101s06. Acesso em: 27 agos. 2021.

WILLIAMSON, K. et al. Microbial evaluation of automated sorting systems in stone fruit packinghouses during peach packing. International Journal of Food Microbiology, n.285, p. 98–102, Nov. 2018. DOI: 10.1016/j.ijfoodmicro.2018.07.024. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30071498/. Acesso em: 2 abr. 2022.

ZEBALLOS, J. L. et al. Analysis of fruit quality traits in peach [Prunus persica (L.) Batsch] using dense SNP maps. Acta Horticulturae, n.1084, p. 703–710, 2015.

DOI: 10.17660/ActaHortic.2015.1084.94. Disponível em: https://www.actahort.org/books/1084/1084_94.htm. Acesso em: 2 abr. 2022.

Creative Commons License

Este trabalho está licensiado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Array